quinta-feira, 19 de março de 2020

Canoa caiçara

A canoa, esculpida em troncos de madeira nativa, é um dos elementos fundamentais da identidade e do modo de vida caiçara.
Pode parecer estranho para os que vivem em centros urbanos, mas o uso da canoa como meio de transporte é algo que faz parte da rotina dos moradores da cidade de Paraty e seus arredores. "A canoa para os caiçaras é como o metrô para os trabalhadores dos grandes centros", compara Almir Tã, pescador e artista plástico, que destaca que a canoa caiçara é um bem cultural imaterial brasileiro. 
O termo caiçara, de origem tupi-guarani, era usado para denominar as estacas feitas de galhos de árvores que os índios fincavam na água para cercar os peixes. Com o tempo, a palavra passou a designar as comunidades do litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Apesar de sua grande extensão, há elementos culturais e sociais comuns em todo o território caiçara. 
"Além de ser essencial para o transporte, sobretudo para quem mora em uma ilha, ela é o elemento de conexão mais perfeito entre o pescador e a pesca", diz Almir. 
Mestre Vitor, de Trindade, é um dos que preservam esses saberes e fazeres em Trindade: "Tenho muito carinho pelas canoas. Os amigos brincam comigo dizendo que qualquer dia desses eu vou levar a canoa para dormir na cama e a mulher para dormir na praia", ri o pescador, que diz que aprendeu a fazer canoa sozinho.



Ponte Branca - Minhas origens



José Possydônio -  meu avô - primeiro
operador da  usina
A  iluminação elétrica que chegava até Paraty vinha da Ponte Branca (Bairro localizado na estrada Paraty-Cunha),  era fornecida por  uma pequena usina hidrelétrica, onde hoje, o local ainda é conhecido por Usina ou Cachoeira da  Usina. Ali, em 1922, funcionava a Central de Luz que distribuía a iluminação para Paraty. Esse lugar onde existiu a usina foi uma fábrica de tecidos. Na época, Samuel Costa, então prefeito, aproveitou o local para instalar os geradores de energia elétrica, movido a água. E de lá vinha a posteação de  ferro margeando o rio perequê-Acu até a cidade. Lembro-me muito  bem da usina, pois nasci lá, meu avô, meu pai,  meu tio eram operadores da usina,  meu  avô  foi o primeiro, ensinou  a profissão aos filhos  Geraldo e José, meu pai começou   a  operar os  geradores, em 1951, na empresa Força  e  Luz de  Paraty, de  propriedade do  Sr. Alfredo  Coutinho,  em 1967 a empresa estatal  Centrais Elétricas Fluminense averbou o tempo de  serviço, passando  a serem  funcionários do  Estado  do Rio de Janeiro.

Geraldo  Pereira dos  Santos -meu  pai -
deu continuidade  em  1951 como eletrecista