quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Paraty Igrejas e Monumentos

Igreja Matriz de Nossa senhora dos Remédios

Em 1646, Dona Maria Jácome de Mello doou a área situada entre os rios Perequê-Açu e Patitiba para a construção do novo povoado, exigindo que nele se construísse uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios. Assim de pedra e cal, surgiu a primeira capela, que foi demolida em 1668 e em seu lugar construída uma maior, obra que só terminou em 1712. Contava a nova Matriz com sete altares, sendo duas capelas internas. Em 1787, por ser a igreja pequena para a população, iniciaram-se as obras de um novo templo em local próximo da antiga igreja. Esta obra suntuosa custou ao povo grande soma em dinheiro e por falta de ajuda financeira, foi diversas vezes paralisada a sua construção. Auxiliou ao final das obras a Dona do Paço, a piedosa Senhora paratyense Dona Geralda Maria da Silva, fornecendo dinheiro e escravos. A 07 de setembro de 1873 foi a igreja entregue ao culto público, precedendo à sua benção uma procissão em que transladaram as imagens da Igreja de Santa Rita para a Matriz, por ocasião da Festa de Nossa Senhora dos Remédios. Portanto, a Igreja Matriz, como conhecemos hoje, nada apresenta das características arquitetônicas de sua construção primitiva, pois seu acabamento interno se deu exatamente no final do século retrasado, findo já o fausto da cidade. Mesmo assim, destacam na igreja a imponência da edificação, suas torres inacabadas, algumas imagens das antigas capelas e as pinturas das capelas internas que datam do século XVIII. Merecem atenção especial as imagens da Semana Santa, todas em tamanho natural, um detalhe curioso são as torres inacabadas e o fundo da igreja, sem terminar. Acredita-se que isto aconteceu, não só pela falta de recursos e mão-de-obra escrava, mas também porque a igreja afundou, inclinando-se perigosamente para frente, devido ao enorme peso de sua fachada e à consistência do terreno onde foi construída.
Igreja de Nossa Senhora das Dores ou Capelinha

Em 1800 foi à vez da Igreja de Nossa Senhora das Dores, hoje chamada de Capela das Dores ou Capelinha ser construída, por algumas devotas e pelo Padre Antonio Xavier da Silva Braga, reformada em 1901 pela irmandade de Nossa Senhora das Dores e pelo Padre João César Iera. Esta, também, possui três altares homenageando as nossas senhoras das Dores, Senhor do Bom Jesus. Vale observar o rendilhado das sacadas, o lustre de cristal, o cemitério em forma de catacumba e o galo cata-vento em sua torre.

Capela da Santa Cruz

Foi mandada construir em 1901, por iniciativa da Senhora Maria Generosa, localizada no Beco do Propósito, às margens do Perequê-Açú. Era uma homenagem que ela prestava ao escravo liberto Theodoro que morreu afogado nas águas do rio. Hoje, também é conhecida como Capela da Generosa.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito

Iniciou sua construção em 1725, em 30 de agosto de 1750, foi fundada a Irmandade dos Homens Pretos e a de Nossa Senhora do Rosário. Em 1757, foi totalmente reconstruída por todos os escravos da cidade. A igreja possui arquitetura simples e igual às construções religiosas da época. Os altares são dedicados a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e São João. O adorno em forma de abacaxi que sustenta o lustre de cristal no centro da nave; chama bastante a atenção. O interior desta igreja é considerado o mais rico. Os retábulos são do século XVIII e foram confeccionados por escultores açorianos.
 Igreja de santa Rita

Construída em (1722) pelos pardos libertos sob a invocação de menino Deus, Santa Rita e Santa Quitéria. A Irmandade de santa Rita dos Pardos foi fundada a 30 de julho de 1722. É a Igreja mais antiga da cidade, em virtude da demolição da antiga Matriz. Seus altares são dedicados a Santa Rita, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Carmo, todos entalhados em madeira, com folhas de acanto e anjos. Junto à igreja, situa-se o cemitério da irmandade, no estilo de catacumbas, separado do corpo da igreja por um adro e um jardim. Funciona nesta igreja o museu de arte-sacra da cidade, com exposição de alfaias, imagens e pratarias da paróquia.
 
Cruz das Almas

É um altar público existente na Rua Presidente Pedreira. Segundo alguns, destinava-se à última oração dos que, condenados à morte, dirigiam-se ao Largo do Rocio, local da execução. Diz-se, também, chamar-se Caixa de Ossos ou Caixa das Almas e destinava-se a arrecadar esmolas para a Irmandade de São Miguel das Almas.

Forte Defensor Perpétuo

Foi construído em 1703 com a finalidade de defender a cidade de ataques piratas. Em 1822 foi totalmente remodelado, recebendo a denominação de Defensor Perpétuo, em homenagem ao primeiro Imperador do Brasil. Situado sobre o morro da Vila Velha, hoje morro do Forte possui trincheiras com canhões assestados para a entrada da baía e casa de pólvora, além de alojamento para soldados e cadeia. Juntamente com outras (06) seis fortificações, da Ilha das Bexigas, Iticupê, Ponta Grossa, Ilha do Mantimento, Ilha dos Meros, Fortaleza da Patitiba fazia parte de um complexo defensivo do Porto de Paraty.
O prédio foi restaurado pelo IPHAN, hoje abriga o Centro de Artes e Tradições Populares de Paraty, com exposição permanente do artesanato paratiense.

Santa Casa de Misericórdia de Paraty

Foi fundada em 12 de outubro de 1822, dia da aclamação do primeiro Imperador e recebeu por padroeiro São Pedro de Alcântara, Santo do nome de sua Majestade Imperial, como reza seu estatuto. Seu prédio especialmente construído para hospital e sua arquitetura singular mostram as exigências da época para uma casa de saúde. Vale ressaltar no prédio o envidraçado do pátio interno e o seu portão.
O Chafariz de Mármore

Situado a Praça Presidente Pedreira e foi mandado construir pelo Conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz, então Presidente da Província do Rio de Janeiro, quando de sua visita a esta cidade em fevereiro de 1851. Servia para abastecer a cidade de água, já que não existia ainda sistema de distribuição pelas residências. Era o local onde as lavadeiras lavavam as roupas, os tropeiros davam de beber as suas tropas.

Passos da Paixão

São pequenos Altares embutidos nos prédios particulares, casas e igrejas espalhadas por várias ruas do Centro Histórico, originariamente foram construídos (06) seis por ordem da Irmandade do Santíssimo Sacramento, para representar os sete momentos da Paixão de Cristo, embora não se tenha informação sobre a data precisa de construção dos Passos. São Altares fechados por grandes portas de almofadas de madeira de lei, como eram as portas dos velhos casarões, que se abrem para a rua, em especial na Semana Santa, mais precisamente na Sexta-Feira Santa, durante a procissão dos Passos do Senhor, do Encontro e do Enterro, quando os fiéis podem praticar suas devoções. Até que em 1922, a Irmandade do Sacramento resolveu mandar demoli-los, a referida Irmandade foi dissolvida há muito tempo por falta de irmãos. Na Rua do Comércio e na lateral da Igreja Santa Rita, existe ainda os Passos da paixão, fechados por portas almofadadas, que por serem de pedra e madeira de lei foram resistindo ao tempo, os outros foram recentemente restaurados pelo IPHAN, utilizando as portas originais que estavam guardadas na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, os quatros restaurados encontram-se nas Ruas do Comércio e na Rua Dona Geralda.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Paraty Mirim

Localizada no Paraty-Mirim, sede do Segundo Distrito do Município Paraty, aproximadamente a 14 Km da cidade. Foi edificada em 1720, pelo Senhor Antonio da Silva e em 1746 foi feita com paredes de pedra e cal pelo então Coronel Jorge Pedroso de Souza e consagrada no mesmo ano. Nela esteve por muito tempo a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da localidade, acredita-se que esta imagem foi roubada de Angra dos Reis, por piratas holandeses, hoje a imagem da Santa, em madeira, encontra-se no Museu de Arte Sacra de Paraty. A pequena e simples igrejinha de um só altar, não possui torre e o sino fica na lateral da igreja sob uma viga de pedra, está construída junto a Praia do Paraty-Mirim, proporcionando a quem chega pelo mar uma bela imagem da localidade.
Quartel da Fortaleza da Patitiba

Situado no largo de Santa Rita, ao lado da Igreja de mesmo nome, fazia parte de uma das sete fortificações que defendiam a baía de Paraty, nele funcionou a cadeia pública municipal até a década de 80, acredita-se que as grades das janelas e as portas das celas tenham pertencido à primeira cadeia pública que, era situada na Praça da matriz. O prédio foi reformado em 1981, e entregue ao Município, onde, passou a funcionar a Divisão de Cultura, Turismo e Esporte e ainda, Informações Turísticas de Paraty. O prédio foi construído como quartel, e destinado para alojamento das tropas da Fortaleza da Patitiba, situado na foz do rio do mesmo nome, foi desativado e demolido em meados do Século XIX. O prédio data do início do Século XVIII, atualmente encontram-se instalados a Pinacoteca Marino Gouveia, e a Biblioteca Municipal Fábio Villaboin, também funciona como sede do Instituto Histórico e Artístico de Paraty, que cuida do acervo histórico do município de Paraty, além de outras atividades, sempre voltadas para a cultura paratiense.
Casa da Cultura de Paraty

A Casa da Cultura de Paraty é o endereço perfeito para começar a conhecer Paraty, um monumento do Brasil e do mundo, um espaço dedicado à Cultura e às tradições locais: um museu vivo, capaz de contar capítulos importantes da trajetória do Brasil.
Dispõe de uma exposição interativa que reúne depoimentos de personalidades e cidadãos paratienses, que relatam a sua história, saberes e fazeres, além das tradições populares e festas locais.
Localizada no Centro Histórico, conta com um Auditório de 170 lugares, Sala de Exposição Temporária, Café, Livraria, Loja de Artesanato, onde você encontra o verdadeiro artesanato de Paraty e o trabalho de renomados artistas plásticos.
O imóvel foi construído 1754, já foi residência e armazém, foi reformada em 1761 e 1860. Serviu como escola pública, durante muito tempo foi a sede do PAC – Paratiense Atlético Clube. Em 1990 o Município resolveu assumir o prédio sendo transformado em Casa da Cultura. Hoje o prédio foi totalmente reformado pela Fundação Roberto Marinho e seus parceiros para dar lugar a Casa da Cultura de Paraty.

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